eunego [ceci n'est pas moi]

2019, tinta acrílica, pastel, impressão jato de tinta e fitas adesivas sobre juta

O título do trabalho traz uma fricção entre uma constatação identitária e uma negação de estereótipos e definições estanques: a localização limitada destinada a corpos negros masculinos a partir de visões fetichizadas. As representações e reflexos em um espelho inexato que nunca mostra uma imagem senão sua metonímia. Referências cruzadas em sobreposições discursivas inacabadas: a "traição das imagens", o imaginado e a reprodução efetiva. O que negamos, apagamos e/ou reforçamos na [de]formação de corpos-sujeitos de meninos-homens negros na aproximação ou oposição ao modelo hegemônico de homem?